Sistemas energéticos



Sistemas energéticos - de forma a dispor de energia em qualquer momento e de acordo com as necessidades, a célula possui um conjunto de três mecanismos diferentes para a produzir.

ATP/CP - Sistema anaeróbio aláctico

sistemas energeticos-ATP-treino velocidade-treino força


- O sistema ATP-CP é o principal sistema energético para esforços máximos com uma duração até 30”

- Fontes energéticas imediatas

- Fosfagénios

Glicólise - sistema anaeróbio láctico

sistemas energeticos-glicolise-treino velocidade-treino força

- A glicólise é o principal sistema energético para esforços de intensidade elevada com uma duração entre 30” e 1’00”

- Fontes energéticas não oxidativas

- Fontes energéticas glicolíticas

Oxidação - sistema aeróbio

sistemas energeticos-aerobio-treino resistencia


- A oxidação é o principal sistema energético para esforços de intensidade média e baixa com uma duração superior a 1’00”

Alguns pontos relevantes a ter em consideração:

Contributo dos vários sistemas energéticos em função da duração do exercício

sistemas energeticos-intensidade exercicio-intensidade treino-vo2 max


Potência e capacidade dos vários sistemas energéticos

- Factor limitativo

CP - Rápido esgotamento das reservas

Glicólise - Acumulação de ácido láctico

Oxidação - Capacidade transporte de oxigénio

Estimativa da energia disponível nos principais reservatórios

Glicogénio muscular – 2.000 kcal

Glicogénio hepático – 180 kcal

Tecido adiposo – 141.000 kcal

Proteínas corporais – 24.000 kcal

Oxidação dos lípidos e carboidratos em função da intensidade do exercício

sistemas energeticos-oxidaçao lipidos-intensidade treino


Contributo relativo dos lípidos e hidratos de carbono em função da intensidade do exercício. Pontos importantes:

- A taxa de degradação da CP atinge o seu máximo imediatamente após o início da contracção muscular e começa a declinar após apenas 1.3s (Maughan et al. 1997);

- Por outro lado, a produção de ATP na glicólise só atinge a taxa máxima após 5 segundos e pode ser mantida a esse nível durante vários segundos (Maughan et al. 1997);

- As concentrações de repouso de ATP e CP no músculo esquelético são de aproximadamente 25 e 70-80mmol/Kg de massa magra (Spriet 1995, Maughan 1997) e não parecem ser significativamente afectadas pelo nível de treino do sujeito (Saltin e Gollnick 1983);

- A deplecção total de ATP não ocorre mesmo em condições de exercício extremas, apesar de terem sido descritas diminuições do ATP muscular de 30-40% (Bangsbo et al. 1990, Jacobs et al. 1982);

- Em contraste, é possível verificar-se uma deplecção quase completa das reservas de CP (Hultman et al. 1990, Bogdanis et al. 1995);

- A energia derivada das reservas de ATP e CP, considerada a componente aláctica, pode contribuir com 20-30% da energia anaeróbia libertada durante o exercício intenso exaustivo com 2 a 3 minutos de duração (Saltin 1990, Bangsbo et al. 1990);

- O contributo energético do sistema ATP-CP é máximo durante os primeiros 2s de exercício máximo;

- Aproximadamente 75-85% do declíneo da CP ocorre nos primeiros 10 segundos;

- Ocorre muito pouca ressíntese do ATP a partir da CP após 20s de exercício de intensidade máxima;

- Durante o exercício máximo, a taxa da glicólise pode ser incrementada até 100 vezes relativamente ao valor de repouso (Newsholme e Start 1973), embora esta taxa não possa ser mantida;

- A duração do exercício de intensidade máxima em que o contributo dos sistemas energéticos aeróbios e anaeróbios é semelhante parece situar-se entre 1 e 2minutos, mais provavelmente em torno dos 75 segundos;

- A visão tradicional de que o sistema energético aeróbio desempenha um papel insignificante durante o exercício de alta intensidade precisa de uma reformulação urgente. Com efeito os processos aeróbios contribuem de forma significativa para a produção de energia mesmo em esforços máximos tão curtos como 30 segundos;

- É actualmente evidente que os 3 sistemas energéticos contribuem para a produção de energia durante o sprint, isto mesmo durante sprints curtos de 6 segundos (Gastin 2001);

- Durante 10 sprints de 6s observou-se um declíneo de 27% na potência (entre o 1º e o 10º sprint). No entanto, foi registado um declíneo de 64% na utilização de ATP anaeróbio devido à inibição quase completa da glicólise até ao 10º sprint (Gaitanos et al.1993.). Deste modo, foi reconhecido que o metabolismo aeróbio pode dar um contributo energético significativo mesmo durante os sprints (Nevill et al. 1996).

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